BREVIÁRIO MAÇÔNICO
5 de maio
O ESCRUTÍNIO
Seguindo a tradição da cavalaria, dos séculos passados, a admissão de um novo membro ao grupo é feita por intermédio do escrutínio, que consiste em colocar bolas brancas na bolsa e, eventualmente, negras para a rejeição.
A rejeição deve ser um ato raro, visto que a predisposição do maçom será aceitar o novo membro, com alegria e satisfação; assim, a colocação da esfera negra é uma decisão frustrante; uma derrocada no sentimento, uma decepção em eliminar quem já tinha lugar no afeto.
O escrutínio é um ato de relevância, e não há lugar para leviandades; se o maçom tinha conhecimento de algum fato impeditivo, a sua obrigação é revelar de imediato a condição e não aguardar a realização do escrutínio.
Uma eliminação é sempre dolorida; trata-se de uma perda quase irreparável, visto que, se houver uma repetição de proposta, passado algum tempo existirá sempre a nódoa como precedente.
Para evitar situações constrangedoras, o maçom deve estar alerta e acompanhar de perto os trâmites administrativos das sindicâncias e com isso votar com sabedoria.
Deve haver cuidado extremo para a admissão de um novo maçom, mais cuidado redobrado para a rejeição.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, – 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 144.